Alguma vez você já observou o formato do seu pé?! Se ainda não o fez,
venho lhe informar que ele é de grande importância, você pode ter um pé
chato ou cavo! Sabe aquele aluno que apresenta alguma dificuldade, ou até mesmo
quedas durante a realização das aulas praticas?! Pois bem, em alguns casos ele
pode ser, digamos “diferenciado” no quesito pés. Você deve estar se perguntando
o que de fato seria cada termo desse, não é? Pois bem este artigo vai falar
sobre cada um, com o objetivo de apresentar em sala de aula, através de
imagens e textos de fácil compreensão as estruturas que formam o nosso pé e,
como identificar esse pequeno diferencial em nossos alunos através de uma
simples atividade em sala de aula.
Como uma forma de introdução para melhor compreensão do assunto vamos começar
falando sobre a anatomia do pé;
Os
nosso pé é formado por 26 ossos, divididos em três partes: O Tarso (que é a
parte do tornozelo), Metatarso ( que é a parte que compreende a planta do pé) e
as falanges (que são os dedos).
O Tarso é formado por 7 ossos: O Calcaneo e o Talus
representados na primeira imagem em verde e vermelho. E os demais na
segunda imagem: O Cuboide, Navicuar, e três cuneiformes (medial, intermédio e
lateral).
O
metatarso apresenta 5 ossos, os mesmos ganham uma sequência de números romanos
(I, II, III, IV e V), no sentido medial para o lateral, ou seja a partir do
dedão do pé.
Já as falanges são 14, dividias em distal, media, e
proximal.
A
junção de todos esses ossos, resulta na formação de dois arcos: O Arco
Longitudinal, que passa pelo comprimento do pé, e Arco Transverso que passa
pela sua largura. Os mesmos são sustentados por ligamentos. Algumas pessoas vão
apresentar, diferenciações em algum desses arcos, mais comum que ela apareça no
longitudinal. A partir daí podemos explicar os termos: “chato e cavo” que são
as variações que esse arco pode sofrer, alterando a capacidade do individuo na
absorção de impacto e eficiência de amortecimento.
O pé chato é resultado pela
diminuição do arco plantar, fazendo com que a planta do pé toque totalmente o
chão. É comum que bebes apresentem essa formação anatômica, pois ainda estão em
desenvolvimento. Também a grande quantidade de gordura que pode existir nos pés
durante esta fase resultará em um formato mais “chato”, a partir dos 2 anos até
os 6 anos, a tendência é que o arco se desenvolva, entretanto em certos
indivíduos este desenvolvimento não acontece. É na idade escolar que os
primeiros sinais vão aparecer. Alguns indivíduos não iram apresentar dores,
toda via em casos mais graves, elas iram aparecer, também acompanhadas por
desequilíbrios e por muitas vezes quedas, alterando a capacidade da criança em
realizar algumas atividades, como por exemplo uma simples atividade pratica
passada durante a aula. Na fase adulta esses casos podem aparecer
ocasionados pela frouxidão ligamentar, tornando o pé cada vez mais chato.
Já o pé cavo, apresenta uma elevação no arco plantar, isto é o arco pode
ser mais alto do que o normal, ocasionando a diminuição da área de apoio. Neste
caso o calcanhar e o metatarso sofrerão mais pressão ocasionando possíveis
dores na área. Pode ser um caso hereditário e também pode ser adquirido com o
tempo, por exemplo pessoas que utilizam mais a parte de fora do pé para
caminhar. Neste caso os pés são mais rígidos, e apresentam uma diminuição na
absorção de impacto.
Assim que houver um diagnostico,
esses casos podem ser corrigidos através de fisioterapia, uso de palmilhas
anatômicas, bandagens e etc..
Como aplicação didática, um exercício
pode ser realizado com os alunos, a partir de uma breve explicação de como é o
funcionamento dos nosso pés. Uma forma eficiente de mostrar na pratica o
assunto e ainda poder averiguar a existência de tais deformações é molhar ou
até mesmo passar uma tinta em toda a sola do pé, e posteriormente pisar sobre
uma superfície, como por exemplo um pedaço de papel, para que se possa observar
o formato da pegada. O mesmo deve ser comparado com o esquema abaixo, abrindo
um pequeno espaço para discussões sobre o possível diagnostico de pé normal,
chato e cavo. Atividades de colorir com o mesmo esquema podem ser apresentadas
em sala de aula para a fixação do tema:
Para saber mais sobre o assunto, caso
ainda existam dúvidas e curiosidades segue os links das matérias utilizadas
para a realização do mesmo.